Gotham City Garage #1

3.0

NOTA DO AUTOR

Volta e meia nos deparamos com obras pensadas exclusivamente para as plataformas digitais. Não é algo tão comum ainda, se levarmos em conta que o ano 2000 era o futuro! Por outro lado, as facilidades a difusão desses gibis estão aí no nosso cotidiano: no aumento da velocidade da internet, no barateamento do preço dos notebooks e na difusão dos smartphones e tablets, além dos scans, da pirataria e do Comixology.

Nesse miolo todo, a DC Comics lançou mês passado mais uma série em formato digital (sim, não é a primeira): Gotham City Garage. Como não é boba nem nada, apostou logo no certo (Batman), dando aquela maquiada com elementos muito caros aos leitores de gibis. O formato é certeiro para ler diretamente no celular ou tablet – o gibi foi pensando dessa forma.

Certo. E a história? A sinopse oficial é a melhor forma de entender o contexto de Gotham City Garage. Diz o seguinte:

Faz dez anos que o governador Lex Luthor salvou seu povo da devastação e transformou Gotham City na utopia moderna conhecida como O Jardim. Com o resto do mundo em ruínas, a cidade de Luthor prospera, mas não para todos. A tecnologia LEXES mantém todo mundo em ordem, e se algum cidadão sai da linha, o Morcego e seus asseclas entram para restaurar a paz brutalmente. Quando a jovem Kara Gordon vira alvo das suspeitas de seus superiores LEXES, ela vai parar direto na terra devastadas, onde descobre as rebeldes motorizadas de Gotham City Garage“.

Em suma, Gotham virou uma espécie de “última cidade da Terra”, no melhor estilo Juiz Dredd (o filme com o Sylvester Stallone) ou Marte em O Vingador do Futuro (no caso, o filme com o Arnold Schwarzenegger). Ninguém sabe o que há lá fora; tampouco querem saber: essa tecnologia LEXES faz com que todo mundo seja feliz, livre de doenças e preocupações. Sim, a série é uma salada de clichês, daqueles que adoramos.

Nesse universo, Kara Gordon é filha do eterno comissário de polícia e termina descobrindo a verdade pela boca de seu próprio pai, naquele velho estilo de “tudo que eu sabia era uma mentira, preciso descobrir a verdade”. O Jardim é coberto com uma doma que – se entendi bem – simula um sol vermelho, por razões óbvias. E isso estaria inibindo o poder de Kara. Por isso ela foge dali, caindo do lado de fora.

Uns robôs estilo Batman fazem a segurança da cidade (segurança contra o quê, ainda não sabemos) e vão em busca dela fora d’O Jardim. É nesse momento que as outras personagens surgem para nós, aquelas mesmas da famosa coleção de estatuetas da DC. Sim, o gibi não se aproveita apenas do Batman, mas também dessa linha famosa, que transformou algumas personagens femininas da editora em motoqueiras – e na história, elas se reúnem na tal garagem do título. Resta acompanharmos a série para saber aonde isso vai dar, mais algumas coisas já podemos adiantar: a verdade está lá fora.

 

  

Roteiro: Collin Kelly e Jackson Lanzing

Arte: Brian Ching

Editor: Kristy Quinn

Capa: Rafael Albuquerque

Publicação original: Gotham City Garage #1 (agosto de 2017)

No Brasil: inédita

Nota dos editores:  3.0


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