Demon Slayer #1-5

3.5

NOTA DO AUTOR

Sucesso na TV por aqui (e por lá, claro), Demon Slayer (Kimetsu no Yaiba no original) foi anunciado com grande entusiasmo pela Panini e esse entusiamo foi igualmente compartilhado pelos leitores. A obra criada pela mangaká Koyoharu Gotouge vem centralizando os debates na internet, com grande empolgação. Demon Slayer é um shonen básico, acima de tudo, entupido dos clichês que tanto amamos. Então você já vai ler sabendo o que encontrará em mais da metade do mangá.

Seguimos os passos do jovem Tanjiro Kamado, que mora no meio da floresta juntamente com a mãe e os irmãos. Um belo dia ele sai para vender seus produtos, retornando apenas no outro dia. Ao chegar em casa, encontra toda sua família tragicamente morta, exceto por Nezuko, sua irmã. Logo descobre que aquilo foi obra de um oni (demônio japonês) e Nezuko foi “contaminada”, então logo se transformará num oni também. Buscando salvar sua irmã, Tanjiro sai louco a procura de ajuda e esbarra em Giyu, um caçador de demônios. Após uma batalha feroz, Giyu percebe o talento nato de Tanjiro e o apresenta à organização que vive de caçar e exterminar os onis. Nosso protagonista, então, começa seu treinamento, tendo como principal objetivo reverter a “contaminação” da irmã, para torná-la humana mais uma vez – além de protegê-la de outros exterminadores de onis.

Daí você já sabe: treino intenso com um professor nada ortodoxo, um talento bruto a ser lapidado, provações mil, o encontro com outros “demon slayers” e o drama envolvendo Nezuko (que não é a única nessa condição de nem-lá-nem-cá).

O sucesso mesmo de Demon Slayer veio do desenho animado, que estreou em 2018 no Japão e deu um salto de qualidade no visual do mangá: nesses primeiros cinco volumes são perceptíveis as deficiências artísticas de Koyoharu Gotouge. Ela desenha ruim mesmo, com uma narrativa confusa e um traço que parece aquele desenho que você fez no livro de Matemática durante o ensino médio. O anime deu uma lapidada nisso, associado a ótimos efeitos especiais e não teve erro: sucesso absoluto. Por outro lado, é possível visualizar a melhoria na arte ao longo dos volumes, ainda que a narrativa, aqui e acolá, se mostre uma confusão sem fim. Nada que incomode a leitura, posto que é um mangá muito divertido e de leitura rápida.

No Brasil, já saíram oito volumes até o momento. A Panini, não sei porquê cargas d’água (sim eu sei), meteu uma sobrecapa nos volumes que atrapalha na leitura (eu mesmo retiro e só coloco de volta quando termino) e só serve, vamos ser honestos, para encarecer o produto. Mangá mensal como esse, com papel de qualidade duvidosa e preto & branco, deveria ser poupado desses luxos desnecessários. Não estou dizendo que editora é ONG, mas no mercado que temos, qualquer “desconto” ajuda bastante na longevidade do material que é vendido em banca.

Em resumo, se você curte um shonen de lutinha, com espadas, demônios, coadjuvantes divertidíssimos (e amalucados) e um draminha básico, vá sem medo, Demon Slayer é pra você. Caso você já esteja lendo um caminhão de coisas parecidas e o dinheiro não está rendendo, então deixe para lá. Qualquer coisa, antes de comprar, dê uma conferida no desenho animado – tendo cuidado para não quebrar a cara com a arte quando adquirir o mangá. Capaz de você seguir pela animação e economizar o dinheiro.

 

  

Roteiro: Koyoharu Gotouge

Arte: Koyoharu Gotouge

Editor: 

Capa: Koyoharu Gotouge

Publicação original: Kimetsu no Yaiba (2016-2020)

No Brasil: Demon Slayer #1-5 (março a junho de 2020)

Nota dos editores:  3.5


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