Estou de volta!
Desta vez, gostaria de falar da experiência que está sendo re-assistir todos os filmes do MCU em sequência. O esquema é o seguinte: Assistindo um filme do MCU por semana, desde o início do ano, você termina exatamente na semana de estreia de Vingadores: Guerra Infinita. Até o momento que essa coluna está sendo escrita, já assisti toda a Fase 1, ou seja: Homem de Ferro, O Incrível Hulk, Homem de Ferro 2, Thor ,Capitão América: O Primeiro Vingador e Vingadores.
Até agora, o saldo tem sido positivo. Alguns desses filmes, eu não via há algum tempo. O Incrível Hulk é um filme bem legal até hoje. Curiosamente, é o único dos filmes oficiais do MCU que eu não assisti no cinema. Na época do lançamento, só chegou em cópias dubladas a Maceió. O Edward Norton está muito bem. Um grande fã da série do Hulk dos anos 70, ele incorporou muito da série no filme, como o lance dos olhos ficarem verdes no momento da transformação. Em um momento, foi possível até ouvir a música clássica do encerramento dos episódios. Ele foi creditado apenas como ator, mas teve muita influência no filme. Queria dar pitaco em tudo e até por isso acabou sendo substituído por Mark Ruffalo. Além dele, o General Ross do William Hurt (único aproveitado até agora no restante do MCU) e o Emil Blonsky de Tim Roth foram os destaques. Não cito o Abominável como um destaque porque o monstro ficou muito ruim. O filme deixa em aberto algumas possibilidades interessantes, como a aparição de Samuel Sterns, que viria a ser o Líder, e também do Dr. Leonard Samson, que é o psicólogo que a Betty Ross namora no início do filme (na verdade, só fui saber que era o Samson pesquisando no IMDB).
É legal ver, também, como os atores evoluem com o tempo e também como ficam mais a vontade com os personagens. Até mesmo o Robert Downey Jr., que está excelente desde o início. A interpretação dele para o Tony Stark redefiniu o personagem nas HQs mais do que qualquer outro. Os dois primeiros filmes do ferroso ainda são muito divertidos e os efeitos especiais não envelheceram. São filmes que valem a pena rever, afinal, foi com Tony Stark e seu “eu sou o Homem de Ferro” que tudo isso começou!
O primeiro filme do Thor talvez seja o mais criticado da Fase Um do MCU. Realmente o filme não é um primor, mas é nele que vemos pela primeira vez a Manopla do Infinito (ainda como um Easter-egg), o Gavião Arqueiro numa participação-relâmpago e também o melhor vilão do MCU até agora: o Loki de Tom Hiddleston. Tanto é verdade que até agora é o único vilão que apareceu em outros filmes do universo cinematográfico. O visual do filme também é bastante fiel. Até hoje fico impressionado com o visual do Destruidor.
Já Capitão América: O Primeiro Vingador teve uma proposta bem diferente dos demais filmes. Se passaria na Segunda Guerra e só as últimas cenas se passariam nos dias atuais. O Caveira Vermelha do Hugo Weaving é um excelente vilão (e sabendo o que sabemos hoje sobre o Tesseract, ainda existe esperança dele voltar, pois ele só desaparece no final do filme, ao segurar o cubo). A pena em relação a esse filme é que ele acabou sendo eclipsado pelas suas sequencias: O Soldado Invernal e Guerra Civil.
Vingadores é o ápice do que seria um universo compartilhado nos cinemas. O sonho de todo nerd que ama essa indústria vital. Foi lançado em 2012 e foi o único filme do MCU do ano, afinal de contas, era O evento do ano. E ele não decepcionou. Mesmo hoje, quase 6 anos depois, é um filme divertidíssimo. O fato de não precisar mostrar as origens de nenhum dos personagens fez toda a diferença, na minha opinião. Todos eles tiveram destaque e grandes participações.
Outra coisa interessante que a gente nota nesses primeiros filmes é o fato de que os filmes não tem tantas piadinhas. Não se engane, elas estão lá, mas não são o que move os filmes, como aparentemente acontece hoje em dia. Dizem que Pantera Negra [leia nosso review aqui] tem um clima bem mais sério, mais pro lado de Soldado Invernal. Veremos isso no cinema. Numa próxima coluna falarei sobre ele e também sobre os demais filmes do MCU.
Enquanto isso, na Pilha de Leitura…
Li Doomsday Clock #03 recentemente. Falamos sobre essa edição num Pilha de Gibis, bem como falamos das edições 01 e 02. Não participei do Pilha da edição 03 pra poder dar oportunidade dos outros jagunços falarem sobre a série, também, já que devemos fazer programas especiais de todos os números. Assim como nos podcasts, aqui teremos muitos spoilers da edição. Achei essa a edição mais fraca até agora. O esperado confronto entre o Batman e o Rorschach ainda não aconteceu. Na verdade, não acontece muita coisa nessa edição. O fato do Comediante nunca ter sido morto me incomoda menos do que se ele tivesse sido revivido de uma maneira tosca. Como a “morte” do Comediante é o que dá toda a motivação pros eventos mostrados em Watchmen e foi o próprio Dr. Manhattan quem o salvou, tudo leva a crer que ele sabia das consequências apresentadas na maxi-série do Alan Moore e do Dave Gibbons, o que o torna realmente o grande vilão da série, e não o Ozymandias. Isso deve ser uma faca no peito dos fãs mais radicais. Eu até consigo separar bem as coisas e sempre posso ler a obra original e ver o quanto o velho barbudo é genial!
É isso, pessoal. Até a próxima!