CAPTAIN AMERICA #15
Ta-Nehisi Coates vem tentando agradar a todos nessa mensal do Capitão América, talvez por isso o resultado não seja dos melhores. Ao invés de vermos pelo menos boas histórias com um tom familiar, temos apenas uma sequência arrastada e pouco inspirada de edições com elementos recorrentes das inúmeras fases do personagem nesses últimos 50 anos. Monólogos internos cheios de dúvidas e conflitos, armações e acusações injustas que impedem Steve Rogers de usar o nome e o uniforme de Capitão América, todas as tramas e subtramas que já estavam saturadas lá pela metade da fase Mark Gruenwald, no começo dos anos 1990. Se a intenção dele era homenagear ou revisitar as histórias mais celebradas do Capitão, falhou. De legal, apenas essa equipe de apoio formada por várias heroínas Marvel, as Filhas da Liberdade. Ah, sim, especificamente sobre a capa da edição 15, fica um desafio: quem conseguir explicar o que desgraça o Alex Ross fez com o cotovelo do braço esquerdo do Steve, ganha um formatinho do Capitão América da editora Abril. Frete por conta do vencedor.
JUSTICE LEAGUE #34
Pegue algum review, sinopse ou resumo das primeiras seis edições dessa Liga da Justiça do Scott Snyder e use para essa edição 34. Tem uma ou outra diferençazinha. Mas é basicamente a mesma coisa. Tem uma entidade que é a infeliz-das-costas-ocas-de-ruim-do-momento, Lex Luthor e a Legião do Mal e a Liga da Justiça rodando uns atrás dos outros em círculos tentando morder o traseiro de quem tá na frente, o Starman do Roger Stern dizendo que sabe de tudo e sem resolver nada apenas pra resolver tudo numa edição mas sem resolver nada na seguinte e agora eita gota serena são uns 200 personagens de linhas temporais e do Multiverso todo em splash pages, pega, cisca, pega! Doidice sem graça esse gibi.
Alguém chame o Dan Vado.
GUARDIANS OF THE GALAXY #10
Comparação é algo que te irrita? Você fica virando olhinho de raiva quando alguém compara um gibi com outros? Vai ficar xatiaduh agora, hein… Essa fase Donny Cates nos Guardiões da Galáxia é tão boa quanto a fase Dan Abnett e Andy Lanning, humilha a fase Brian Michael Bendis e consegue acertar onde o competente Gerry Duggan falhou recentemente. E, o melhor, não fica fingindo que são os Trapalhões da Galáxia do cinema. Tem humor na medida certa, sem precisar transformar nenhum guardião no Sargento Pincel verde, nem em um guaxinim psicótico. Pronto, um pouco do rancorzinho saiu do sistema. Agora bora torcer pra essa mensal durar e manter o bom nível.
BATMAN #81
Continuo lendo essa tranqueira, esperando que melhore. O bosta sou eu.
X-MEN #1
Pra concluir os reviews de hoje, o lançamento mais aguardado desses últimos meses. E talvez esteja nessa expectativa toda, a razão do gibi ter ficado um pouco abaixo do que se esperava. Não que seja ruim, de forma alguma. Mas parece um interlúdio e não uma edição de estreia. Mas pra ser justo, não é mesmo uma edição de estreia. Ao menos na cabeça do Jonathan Hickman. Ele idealizou a pancada mesmo pras duas minisséries que concluíram semana passada. House of X e Powers of X tiveram todo o impacto de um começo de fase. Em X-Men #1, acontece um passeio pelo cenário atual, são apresentados o tom, as mudanças, o status do oponente, um indicativo de que os mutantes vão explorar uma certa modernidade nas relações pessoais, além de criar um conflito iminente com a revelação da página final.
Hickman pesou um tantinho a mão no diálogo entre Scott e Ororo, ficou expositivo demais, só que na canastrice (coerente) de Magneto acertou muito, criando umas frases de efeito que já valeram o gibi. Pra quem é fã da fase Mike Carey, tem um afago. Pra quem é fã da fase Ed Brubaker, uma provável decepção. “Dawn of X” começou, mutuninhas. Bora ver no que isso vai dar.
Acabei de Ler é apenas uma amostra rápida do que li. Os melhores lançamentos da quarta-feira, você já sabe, podem ser conferidos no Gibis da Semana.
