Acabei de Ler #13

SUICIDE SQUAD #1

Tom Taylor tem crédito. O cara vem conquistando cada vez mais a admiração dos leitores em seus vários projetos. Por isso, essa estreia burocrática e não muito empolgante da nova mensal do Esquadrão Suicida merece o benefício da dúvida e uma expectativa otimista. Na próxima melhora e na outra capaz de já decolar de vez. Deixa o homem trabalhar.

GUARDIANS OF THE GALAXY #12

Dá pra perceber claramente quando um roteirista escreve com aquela vontade honesta, mesmo pegando um gibi obviamente editorial. Esse volume dos Guardiões da Galáxia poderia ser somente mais uma tentativa de lucrar com a popularidade da versão cinematográfica e também prestar homenagem ao trabalho de Keit Giffen, Dan Abnett e Andy Lanning. Foi isso, mas teve algo mais. Donny Cates conseguiu colocar algo mais pessoal, sua própria “voz”, mesmo em uma série com vários tipos de parâmetros limitando e impedindo vôos mais ousados. Ação, amizade, tensão, humor, tudo funcionou na dose certa, mostrando que projetos editoriais podem ser, ao menos, divertidos. Talvez tenha sido a melhor série de Peter Quil e seus pariceiros desde o fim da fase escrita por Abnett e Lanning. E olha que já se foram quase 10 anos desde então…

EXCALIBUR #5

OPA, OPA, OPA! O GIBI MÍSTICO MUTANTE DESENCANTOU. Que edição redondinha, meus amigos. Do começo ao fim, uma história que não cansa, nem entedia. Tem vários fronts e cada um funciona lindo. Até a subtrama da Vampira Adormecida se tornou legal. A roteirista Tini Howard fez sua melhor edição até agora e a arte do Marcos To se beneficiou disso e por sua vez elevou o roteiro junto. Destaque especialíssimo pra sequência onírica. Gibizaço.

BATMAN #86

Se a estreia do James Tynion IV na mensal do Morcego prestou ou não, cada um que leia e diga. O que eu quero saber é que febre do rato é aquele troço que o Tony Daniel desenhou. Batman agora tem um transformorcego???

FALLEN ANGELS #4 e #5

Capítulo apenas razoável, em uma série com altos e baixos. Tem umas coisas que empolgam, outras que soam bem bestas, talvez agrade plenamente alguém que não se importe ou nunca tenha lido muito os protagonistas. Mas que fica estranho ver a Psylocke/Kwannon bancando a terapeuta da X-23, ah, isso fica, Nas imortais palavras de Lady Kate, não tá assim bom, bom, bom, mas, é, tá, bom, bonzinho, tá bom.

Essa série é altamente canastrona. Tem personagem fazendo monólogo dramático, soltando frase de efeito pra todo lado, declamando e discursando. Mas o pior é que funciona. Você quase tem vergonha de gostar. Mas gosta. E dá pra ver que o Bryan Hill acredita na história que está contando e nos personagens que escolheu. Se esse troço tivesse sido publicado ali pelos idos de 1992, 1993, hoje seria idolatrado por gerações. No mais, a arte tem uns painéis lindos, umas expressões faciais travadonas e uma nave feiosa.

MARAUDERS #5

Espero sinceramente que alguém tenha a decência de apresentar esse gibi ao Chris Claremont. O que está sendo feito com a Kate Pryde aqui é totalmente coerente com as duas tentativas que seu co-criador fez, em 2000 e em 2002, quando pegou a personagem e levou à novos rumos e novas abordagens. Kitty já havia se tornado Kate, se não em nome, em atitude, primeiro durante o retorno de Claremont aos mutantes na fase “Revolução” em X-Men #100, com arte de Leinil Yu e poucos anos depois na minissérie Mekanix, com arte de Juan Bobillo.

Agora vemos, a cada nova edição de Marauders, a realização do que foi interrompido por mais de uma década. Uma das mais emblemáticas mutantes da franquia, se tornando o que deveria ser. Ok, bajulação mutuninha ao Claremont encerrada por enquanto. O gibi é muito bom, embora dessa vez dê uma derrapada na parte final, com a Ororo mais brutal do que seria de se esperar e uma sequencia de ação não tão boa quanto poderia ser. Ainda assim, um gibi muito bom.

LEGION OF THE SUPER HEROES #2

Não tem como defender essa edição, a menos que seja pela arte do Ryan Sook. Brian Michael Bendis pilantrou lindo com um gibi inteiro tomado por diálogos excessivos, inúteis e desnecessários. Inclusive pegando aquele tal ponto que muitos usam pra criticar a Legião, o excesso de personagens, potencializando e saturando a bagaceira toda com duas dúzias de legionários empilhados a cada painel, falando ao mesmo tempo, com as malditas repetições ad nauseum que o próprio Bendis adora e usa sem limite nem freio. Caramba, Bendis, não estraga a chance…

X-MEN #4

A leveza das edições anteriores ficou de lado nesse capítulo que retoma as intrigas e a tensão do momento atual vivido pelos mutantes. Tem literalmente uma equipe diplomática mutante ômega, tem Magneto usando palavras com a mesma intensidade e ameaça com que usa seus poderes magnéticos, tem finalmente Xavier sendo Xavier e, avemariatrêsvezes, temos Apocalipse de terno e gravata. Ação foi meio besta, forçado demais o tal plano de ataque humano, além de ter mostrado um tipo de ação por parte do Gorgon que não tem MESMO como conciliar com os X-Men, a menos que eles NÃO sejam mais os X-Men. No geral, uma ótima edição.

HAWKMAN #20

Quando anunciaram que Robert Venditti seria o próximo roteirista titular da mensal da Liga da Justiça nos EUA, depois da saída do Scott Snyder, pensei “É, vai ser um gibizinho qualquer nota igual o que ele tem feito na mensal do Gavião Negro. Tsc.” Pois se essa edição for indicativo de como ele vai escrever a Liga, peço perdão publicamente por presumir errado. Pense num gibi arretado. É o primeiro capítulo de um arco continuando a trama maior, das inúmeras vidas do Gavião, mas também seguindo com a trama atual do Sky Tyrant controlando o corpo do Carter Hall E com um bônus muito massa, a formação de uma equipe de resgate composta pelas pessoas mais ligadas ao herói, tentando salvá-lo da tal infecção causada pelo Batman Que Ri. E mesmo assim tudo se encaixa, funciona e resulta em uma história altamente envolvente.

Outra coisa digna de nota, tem o retorno sempre bem-vindo do artista Fernando Passarin ao universo DC. O cara já fez muita coisa boa na editora, com destaque para os arcos que desenhou na fase Bryan Hitch na mensal da Liga. Já pensou o Venditti escrevendo bem desse jeito e o Passarin desenhando, nessa próxima fase da Liga da Justiça? I WANT TO BELIEVE!

X-FORCE #5

Depois de 4 edições patinando sobre uma melequeira gore, tinha de acontecer e finalmente veio a queda. E foi pesada. E nojenta. E ridícula. DANEM-SE OS SPOILERS, ESSA EDIÇÃO TEM O WOLVERINE PARTIDO AO MEIO, FALANDO NO COMUNICADOR COM A DOMINÓ, ELA OLHANDO PRA UMA METADE DO CORPO DELE E DIZENDO “GUENTA AÍ QUE EU TO CHEGANDO, MEU CONSAGRADO, EU SEI QUE VOCÊ TÁ MACHUCADO”. Rapaz. Bicho. Cara. Mermão. Esse deve ser o painel e o balão de diálogo mais idiota da década. E sim, a década ainda não acabou, só pra constar. Nem Rob Liefeld faria uma presepada dessas. Que porqueira.

O restante da edição vai agradar quem tem predileção por coisas tipo filmes sádicos de automutilação, babaquices ultraviolentas sem sentido e choques gratuitos que não chocam, apenas causam náuseas em quem tem um mínimo de bom senso. Parece opinião de quem é metido a adulto elitista? Pois veja como resolvem o lance lá do Wolverine partido ao meio pra ver se não é um constrangimento total. Ah, sim, outra coisa… Agora é oficial, ao menos nesse gibi: os mutantes seguem a cartilha de qualquer regime ditatorial facista, capturando e torturando sem pudores. Sério, os caras perderam a noção com esse gibi.


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