Acabei de Ler #27

THE WILD STORM VOL. 2

De Warren Ellis e Jon Davis-Hunt. A Guerra velada entre o Skywatch e a IO continua, mas agora não está tão velada assim. E a equipe do Lord Emp e do Grifter está cada vez mais envolvida nisso. Mais personagens clássicos do universo Wildstorm aparecem aqui repaginados, como a Doutora e Jenny Sparks. O trabalho que o Ellis fez nessa série é memorável e o Davis-Hunt está destruindo nos desenhos. Todo o clima de guerra fria e conspiração que eles deixam aqui é soberbo. A série chegou na metade e as coisas estão prestes a esquentar.

HOKUTO NO KEN VOL. 3

De Buronson e Tetsuo Hara. Ação do início ao fim. Essa é a grande característica desse mangá. E esse volume não foge dessa característica. Muitas lutas, golpes com nomes enormes e que matam o oponente depois de 5 quadrinhos. Nesse volume o Kenshiro chega numa comunidade que está sendo atacada por um clã de marginais, o clã da garra. E o seu líder, ou patriarca, tem a técnica de deixar seus músculos duros como aço. No final, Kenshiro ainda tem que confrontar seu irmão, que é mais um personagem que parece ter saído do set de Mad Max.

DEMOLIDOR: O DEMÔNIO DO PAVILHÃO D

De Brian Michael Bendis, Alex Maleev, Ed Brubaker e Michael Lark. Uma grande fase encerrada e outra tão boa quanto que se inicia. Esse encadernado traz o último arco do Bendis no título e os primeiros do Brubaker. Tudo que o Bendis fez no título culminou numa situação praticamente impossível para que seu sucessor continuasse, e ele tirou isso de letra. O arco da prisão é uma obra prima. Toda a ambientação e os elementos que o Brubaker coloca na história tornam ela maravilhosa. O Justiceiro é um coadjuvante de luxo que no pouco que aparece rouba a cena, assim como o Mercenário. Os desenhos do Lark não deixam a dever em nada pra tudo o que o Maleev fez no título. Essas edições são obrigatórias pra todo colecionador de quadrinhos.

A COLEÇÃO DEFINITIVA DO HOMEM-ARANHA VOL. 17 – A SAGA DO TRAJE ALIENÍGENA

De Tom DeFalco, Roger Stern, Ron Frenz e Rick Leonardi. Todo leitor de quadrinhos conhece a história de origem do Venom. Durante as Guerras Secretas o Homem-Aranha teve seu traje destruído e tentou criar outro numa das máquinas alienígenas que ele encontrou. Acabou que apareceu um uniforme negro lindíssimo, com algumas propriedades bem curiosas. As histórias desse volume são imediatamente posteriores a isso, quando descobrimos que aquele não era um uniforme, e sim um simbionte que se ligou ao Aranha. Ele se alimentava de adrenalina e usava o corpo do Peter quando ele ia descansar. Interessante ver os vilões que o Aranha enfrentava na época, como o Rosa, o Duende Macabro e um novo vilão que surgiu nesse arco, o Puma. São histórias que apesar de entregarem a época da publicação, pois são cheias de textos e recordatórios das histórias anteriores, ainda são excelentes e captam bem o espírito do personagem. Outro grande destaque para esse arco foi a Mary Jane revelar ao Peter que ela sabia que ele era o Homem-Aranha há algum tempo, e isso abriu caminho para que eles voltassem a namorar e casar em seguida.

QUESTÃO – ZEN E A ARTE DA VIOLÊNCIA

De Dennis O’Neil, Denys Cowan e Rick Magyar. O Questão é um personagem clássico da Charlton, criado pelo Steve Ditko, o mesmo que criou o Homem-Aranha, e é muito ligado aos conceitos do Objetivismo, filosofia que o Ditko seguia. Mas ele nunca foi um personagem popular. Tanto é que sua contraparte em Watchmen, o Rorscharsch, ficou mais conhecido que ele. E quando o Questão ficou popular, foi com sua versão animada, do desenho da Liga da Justiça Sem Limites, que é um pouco diferente da sua versão clássica. Esse encadernado reúne as 6 primeiras edições da série mensal dos anos 80. Vic Sage já é o Questão e também um repórter de TV que se dedica a expor os podres de Hub City. Com isso, ele vira alvo de todos os bandidos e corruptos da cidade. Depois de ser emboscado numa armadilha, ele acaba sendo salvo pela Lady Shiva e vai treinar com Richard Dragon e volta com sua memória afetada, mas sendo um combatente do crime melhor. Nunca tinha lido nada de fôlego do personagem, mas sempre havia ouvido falar dessa série e realmente faz jus a tudo de bom que ouvi. A história é crua e poderosa. Um pouco depressiva pro meu gosto, mas ainda assim bastante emocionante. O texto do O’Neil é bem cru e mostra a violência como um soco no estômago. Os desenhos do Cowan deixam tudo muito melhor. Pena que a Panini não lançou mais nada dessa fase por aqui.


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