QUARTETO FANTÁSTICO VOL. 3 – ARAUTO DE DESTINO
De Dan Slott, Aaron Kuder e Paco Medina. O Galactus está de volta pra devorar a Terra, e ele resolveu fazer isso pela Latveria, mas o Doutor Destino está preparado pra isso e não vai aceitar a ajuda do Quarteto Fantástico. Depois disso, tem a interligação com a “Guerra de Reinos”, e os gigantes de gelo vão descobrir que não devem se meter com a galera da Rua Yancy. E por fim, Franklin e Valéria vão fazer exame de direção pra pegar a habilitação universal. Gostei dessa participação do Doutor Destino. O Slott consegue escrever ele tanto com sua ciência como com a magia, e o mais arrogante possível. Ele mostra o quanto o Destino não tem limites se for pra benefício pessoal e da Latveria. Até atrair o Galactus pra Terra. Os desenhos do Kuder estão maravilhosos. A maneira que ele desenhou o Quarteto preso na Latveria e as armadilhas que o Destino preparou pra eles foi linda, principalmente a do Reed. Das histórias fechadas, a de “Guerra dos Reinos” é bem divertida, e ainda tem a participação da Moon Girl, a menina mais inteligente da Terra, competindo com a Valéria. Apesar do que dizem, esse Quarteto do Slott me pegou desde o início.
DOUTOR ESTRANHO VOL. 3 – ARAUTO
De Mark Waid, Barry Kitson, Scott Koblish e Brian Reber. Seguindo o run do Mark Waid no Doutro Estranho, e mais uma vez o Waid coloca o bom doutor numa situação inusitada. Um guerreiro de um planeta distante vem pra Terra pra descobrir como um planeta tão atrasado conseguiu repelir o Galactus tantas vezes. Esse guerreiro vem de um planeta onde a magia é comum e usada como arma, e esse planeta está sendo ameaçado pelo Galactus. Quando ele chega na Terra, confronta o mago supremo, pois na cabeça dele é o único com poder de afugentar o devorador de mundos. Ele consegue derrotar o Estranho e bane o Galactus pra uma dimensão de magia, só que agora o Galactus começa a absorver essa energia e ele não ta preparado, pois é um ser de ciência. Agora o Dr. Estranho precisa se aliar com todos os seres mágicos pra conseguir trazer Galactus de volta sem que toda a existência acabe. Eu tenho gostado desse run do Waid justamente porque ele coloca o Estranho em situações diferentes. Inclusive aqui ele diz que sempre faz as mesmas coisas e luta contra os mesmos oponentes. Cuidado com o que deseja.
O IMORTAL HULK VOL. 3 – HULK NO INFERNO
De Al Ewing, Joe Bennett e Kyle Hotz. Depois dos eventos do último volume, o Hulk chega no inferno. Ou o inferno vem pra Terra? Logo no início do encadernado tem uma definição de inferno que eu achei brilhante: “o inferno é a ausência de Deus. Não ateísmo. Não se pode sentir falta de algo que nunca esteve lá.” E é dessa maneira que o Al Ewing trata o inferno de Hulk. Mas voltando a história, ela é toda filosófica. O Hulk tem mais uma das lutas definitivas com o seu pai, que é o seu demônio pessoal. E finalmente temos a nomeação dessa personalidade imortal do Hulk: o Hulk Demoníaco. E ele é o Destruidor de Mundos. Depois de conseguir reverter esse inferno na terra, o Bruce Banner procura a Betty, mas ela está sendo vigiada, e aí que tem a grande revelação desse volume em relação a todos os Hulks da Marvel. E abre grandes possibilidades. Essa fase do gigante esmeralda é maravilhosa. A exceção à regra de trabalhos ruins ou meia-boca do Al Ewing. E É o trabalho da vida do Joe Bennett. Ele é um sujeito com opiniões abomináveis, mas não podemos negar que ele é talentoso e conseguiu imprimir todo o seu talento nessa revista. Ainda tem alguns encadernados até o final dessa fase e eu espero que mantenha o ritmo.
O IMORTAL HULK VOL. 4 – ABOMINÁVEL
De Al Ewing e Joe Bennett. A cada encadernado o Al Ewing vai aprofundando-nos traços de terror que ele coloca na história do Hulk. E o Joe Bennett desenha cenas cada vez mais grotescas. Aqui eles se superaram mais uma vez. A Equipe Sombra continua no encalço do Hulk, e vai utilizar de qualquer meio pra isso. Depois de usar o Guerrilheiro e ele falhar mais uma vez, eles mandam a versão mais horrenda do Abominável já feita, e dessa vez é alguém bem próximo do Hulk. A Betty Banner também aparece em uma versão bem monstruosa de Hulk. A maneira como o Ewing está explorando a psique do Banner e como ele transforma isso numa história de terror é impressionante. Esse também é o trabalho da vida do Joe Bennett.
VALQUÍRIA: JANE FOSTER VOL. 1 – O SAGRADO E O PROFANO
De Al Ewing, Jason Aaron e Cafu. Depois do fim da “Guerra dos Reinos”, onde empunhou o Martelo do Thor mais uma vez, Jane Foster foi incumbida de uma nova missão. Brunhilda, a Valquíria, morreu na guerra e Jane foi designada para o cargo. Ela achou que seria divertido ser uma super-heroína mais uma vez, mas ser uma Valquíria não é tão simples quanto ser uma Thor. E ela acaba descobrindo isso na prática, quando um dos assassinos mais letais do Universo se apropria da Dente de Dragão, a espada da Brunhilda, que torna quem quer que a empunhe num exímio mestre das armas. Imagine o que acontece quando quem a empunha já consegue transformar qualquer objeto em arma? Todo mundo sabe que não sou o maior fã do Ewing. Pelo contrário, acho ele bem limitado e que só tinha acertado no Hulk por ser a exceção que confirma a regra. Mas aqui ele faz um trabalho bem divertido. Longe de ser tão bom quanto a Thor do Aaron, mas ainda assim é uma boa leitura. Os desenhos do Cafu (não, não o lateral-direito bicampeão do mundo) são muito bons e se encaixam na personagem. Vou continuar acompanhando essas histórias.
VINGADORES SELVAGENS VOL. 1 – CIDADE DAS FOICES
De Gerry Duggan, Mike Deodato e Frank Martin. O grupo mais inusitado de Vingadores já reunidos está aqui. Um grupo reunindo Justiceiro, Elektra, Wolverine, Venom e o Conan não poderia ser mais massaveio. Pra várias, eles são reunidos ao acaso e precisam lidar com Kulan Gath, um poderoso bruxo da era hiboriana, que se juntou ao Tentáculo pra invocar o Deus da Medula, que pode devorar todo o planeta e depois partir pro cosmo. E todos sabemos o quanto Conan odeia bruxos, inclusive o seu aliado de ocasião que também está nesse inusitado grupo, o Doutor Vodu. Terminei de ler esse gibi e cresceu pelos no meu peito, além de ter terminado suado. Que gibi divertido! Sei que muitos torcem o nariz pelo Conan interagir com o restante do Universo Marvel, mas abram o coração e deem uma chance pra história. É aquela ação desenfreada que você termina de ler e esquece em seguida, mas fica com um sorriso no rosto. Estou escrevendo esse review logo depois de ler pra não correr o risco de esquecer algum detalhe. O destaque (negativo) fica pela arte do Deodato. Ele começou muito bem nas primeiras histórias, depois foi como se o prazo tivesse apertado e o trabalho ficou bem longe dos melhores momentos dele.
OS VINGADORES – TEMPO ESGOTADO VOL. 2
De Jonathan Hickman, Kev Walker, Stefano Caselli, Szymon Kudranski, Mike Deodato Jr. e Mike Perkins. A parte final da passagem do Jonathan Hickman pelos Vingadores continua. Tivemos um avanço de 8 meses no tempo e chegamos no dia da Incursão Final. Os Heróis Mais Poderosos da Terra estão divididos. A equipe do Steve Rogers está preparada pra enfrentar os Illuminati do Reed Richards, enquanto os Vingadores Multiversais vão até o outro lado do Universo pra tentar acabar com as incursões na fonte. Ainda tem os Novos Vingadores do Mancha Solar, enfrentando todos em prol da ameaça maior e a Cabala continua exterminando Terras pra conter as incursões. Todos os plots feitos pelo Jonathan Hickman na Marvel até então estão convergindo pra um grande desfecho, desde que ele fez em Guerreiros Secretos e passando pelo Quarteto Fantástico. Tudo extremamente grandioso, mas talvez um pouco confuso se não lido tudo junto. Como fazia tempo que não lia essa fase fiquei boiando em alguns momentos. Mas ele soube dar a grandiosidade necessária pros Vingadores. Mais ou menos o que ele quis fazer em HoX/PoX, e conseguiu até, mas não manteve na linha mensal dos X-Men.
