Stanley Martin Lieber, nascido em 28 de dezembro de 1922 em Nova Iorque, é praticamente desconhecido do grande público. Mas com o pseudônimo Stan Lee tornou-se parte da indústria dos quadrinhos nas eras de Ouro e Prata, recriou um universo inteiro ao co-criar ícones como o Quarteto Fantástico, Homem-Aranha, Hulk, X-Men e Vingadores, podendo assim resgatar heróis então esquecidos como Capitão América e Namor. E tudo isso até meados dos anos 1960.
Nas décadas seguintes, soube como poucos tornar sua própria figura um sinônimo da marca com a qual trabalhava. Stan Lee tornou-se Marvel e vice-versa. Vieram então os primeiros saltos de suas criações, das paginas dos quadrinhos para outras mídias: desenhos animados, séries de TV, colecionáveis e games.
Mas as décadas finais do séculos XX eram apenas um ensaio e já na primeira década do século XXI, o nome de Stan Lee ganhou uma visibilidade global irrestrita. O cinema tornou-se o maior divulgador de sua lenda, com suas sempre bem humoradas aparições nos filmes que adaptaram os X-Men, Hulk, Homem-Aranha, Homem de Ferro e, a partir daí, todo o universo compartilhado do Marvel Studios.
Aos 95 anos, Stan Lee faleceu justamente quando conseguiu a façanha de resgatar sua própria figura das lembranças dos leitores, conquistando toda uma nova audiência. Curiosamente, da mesma forma que fez, com seus colaboradores do lápis e nanquim, nos anos 1960, revigorando heróis dos anos 1940. Existe uma certa poesia nessa despedida em grande estilo, no dia 12 de novembro de 2018.
Parece coisa de gibi. EXCELSIOR!