Batman: Cavaleiro Branco #01

3.0

NOTA DO AUTOR

Mais uma história fora da cronologia do Homem-Morcego. No que essa seria diferente de tantas outras lançadas ao longo dos quase 80 anos do personagem? A sinopse é bem simples: quando o maior herói de Gotham ultrapassa os limites, o único que pode salvar a cidade é aquele que já foi seu maior vilão: o Coringa!

A história começa com o Batman trancafiado no Arkham e o Coringa, ou melhor, Jack Napier chegando no Batmóvel para pedir ajuda ao Cavaleiro das Trevas. Todo o restante da história se passa num flashback de um ano. Mais uma perseguição do Batman ao Coringa, mas dessa vez ele parece mais imprudente e violento. Nesse cenário, o Asa Noturna já o abandonou e sua parceira é a Batgirl, mas ela também não consegue controlar o Batman, que passa por qualquer um, inclusive colocando civis em perigo, para capturar seu inimigo.

Na luta entre os dois, o Coringa deixa claro que está pegando leve com o Batman, pois ele está se contendo e só dá ao Batman o que ele consegue lidar. Para o Coringa, o maior vilão de Gotham é o Batman e ele está disposto a provar isso. Durante a perseguição, o Coringa levou o Batman a um depósito de remédios que seriam destruídos pela FDA, mas aparentemente eles podem curar o Príncipe Palhaço do Crime. E o Coringa afirma que se ele melhorar, coloca a cidade nos eixos. O Batman entope o Coringa com esses remédios e o deixa ser preso pelo DPGC.

A partir daí, Sean Gordon Murphy reconta pela zilionésima vez a origem do Coringa. Para ele, Gotham era chata e ele queria fazer alguma coisa pra mudar isso. Primeiro, com a comédia, mas ele era péssimo. Depois, a alternativa foi o terror. O interessante é que quando o Coringa desperta, ele está curado. Não existe mais o vilão, e sim Jack Napier, um gênio com QI bem acima da média, que ameaça processar o DPGC pelos abusos que sofreu ao longo dos anos. Para que ele não leve essa ameaça adiante, ele propõe salvar Gotham se tornando seu Cavaleiro Branco.

O ponto alto da história é a arte do Sean Murphy. Ele faz um Batman imponente, de meter medo em qualquer um que passe por ele. Seu Coringa, no início da história, também é amedrontador, mas de uma maneira diferente. Com a cura, o Jack Napier parece outra pessoa no traço dele.

Porém, como roteirista, ele é um excelente desenhista. Não que a história seja ruim (porque ela não é), mas algumas das soluções apresentadas parecem obvias demais, como a sugestão do por quê o Batman está agindo de forma tão imprudente. Lançada aqui no Brasil pela Panini em formato de mini-série de luxo, essa história mostrou um potencial legal, caso resolva sair do lugar comum. Nesse primeiro número ela ainda não conseguiu.

 

  

Roteiro: Sean Gordon Murphy

Arte: Sean Gordon Murphy

Editor: Mark Doyle

Capa: Sean Gordon Murphy

Publicação original: Batman: White Knight #01 (setembro de 2017)

No Brasil: agosto de 2018

Nota dos editores:  3.0


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