7 Perguntas para Sérgio Menezes

O ator carioca Sérgio Menezes estreou na TV na novela Força de um Desejo (1999), de Gilberto Braga. De lá pra cá, teve participação em diversas outras novelas e séries. Recentemente, esteve no ar como o personagem Tales Gentil, nos primeiros capítulos da novela O Tempo Não Para, de Mário Teixeira. Além de fazer TV, teatro e cinema, Sérgio Menezes canta numa banda de flashback chamada Anjos da Noite.

Seu perfil no Instagram tem fotos e vídeos de seus trabalhos como ator, cantor e modelo, além de posições políticas e momentos mindfuck, em que apresenta suas descobertas nos campos da ciência e mitologia. Daí, pensamos: será que ele lê gibizinhos? Não deu outra. “Claro, principalmente Marvel e DC”, disse ele. CHE OMEN!

Arte-Final? Pô, concordei pensando que era pro Omelete… 🙁

Ainda que esteja meio afastado dos quadrinhos por conta de sua voraz leitura científica e mitológica, Sérgio Menezes mostrou-se interessado e gentil o bastante para responder a algumas perguntas sobre a Nona Arte.

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7 PERGUNTAS PARA SÉRGIO MENEZES

7 Jagunços – Quando o convidamos para esta entrevista, você logo mencionou que lia Marvel e DC. O que você tem lido ultimamente?

Sérgio Menezes – Ultimamente, tenho assistido mais que lido Marvel e DC. Tenho usado meu tempo de leitura sobre outros objetos, como por exemplo: pesquisas sobre os mitos dos continentes Atlântida e Lemúria; pesquisas sobre os Sumérios e Annunaki; física clássica e quântica, astrofísica, coisas nesse sentido. Por este motivo, as leituras de HQs não têm acontecido.

7J – Você tem roteiristas e desenhistas favoritos?

SMFrank Miller, Alan Moore, Chris Claremont, Matt Fraction e, claro, Bob Kane. Destacaria, também, os Wachowski Brothers – agora, Sisters; são minhas roteiristas de cinema preferidas. Entre os desenhistas, são muitos os que gosto, mas destaco o brasileiro Mike Deodato, que tem muito bom gosto no traço.

7J – As adaptações de HQs para cinema o têm agradado? Quais foram o melhor e o pior filme de super-heróis dos últimos 10 anos?

SM – Cara, alguns amigos não curtiram o Lanterna Verde (2011) Hal Jordan no cinema, mas eu gostei muito! Parece que a crítica, também, não recebeu bem o filme, mas eu viajei no resultado. Particularmente, adoro os Lanternas, especialmente o John Stewart, por motivos óbvios: identificação total!

Nota Jagunça: Lembro de ter saído do cinema estranhamente satisfeito com o filme do Lanterna Verde. Claramente faltava alguma coisa (hoje, sinto que faltavam muitas), mas o Sinestro de Mark Strong e o Kilowog dublado pelo finado Michael Clarke Duncan eram muito bons. A Tropa em ação era linda de se ver. Já o Parallax fumacê era indesculpável. Não é raro ver o filme do Lanterna listado entre as piores adaptações de quadrinhos já feitas. (Marlo)

7J – Fora da seara super-heróica, quais HQs foram marcantes para você?

SM – Não conheço muito bem essa estética, mas já vi alguma coisa dos mangás. Gosto muito da cultura oriental, por isso, o mínimo contato que tive me chamou a atenção. Diria, também, que, embora Matrix não seja uma HQ, parece seguir o conceito. Acho a trilogia genial, impressionante!

Nota Jagunça: Matrix pode não ter nascido como HQ, mas acabou virando uma: The Matrix Comics trazia histórias curtas situadas naquele universo, roteirizada pelas Wachowskis e figurões como Neil Gaiman e David Lapham, e desenhadas por gente do calibre de Bill Sienkiewicz e Dave Gibbons. O “matrixverso” também foi expandido na animação Animatrix. Tanto a HQ quanto o anime saíram oficialmente no Brasil. (Marlo)

7J – Quais HQs você colocaria em um Top 5, como as histórias que você acha que todo mundo deveria ler?

SMWatchmen, Homem-Aranha, X-Men, Lanterna Verde, Batman, Superman, Homem de Ferro, Cyborg, Luke Cage, Thor…

Nota Jagunça: exceto por Watchmen, o homem se empolgou e atirou pra todos os lados, sugerindo personagens a rodo, todos eles ostentando cotas de clássicos e tranqueiras, em proporções variadas. (Marlo)

7J – Há poucos dias, por causa do 5 de novembro de V de Vingança, houve muita discussão a respeito do papel dos quadrinhos na formação política do leitor. Alguma HQ o tornou mais sensível ou engajado politicamente?

SM – Não exatamente uma HQ. A versão hollywoodiana do Pantera Negra é fascinante. Referências como essa são importantes pro processo de auto-identificação e resgate de auto-estima social, em países com históricos como os dos EUA e Brasil.

Nota Jagunça: Se posso sugerir uma leitura política fascinante, é o Pantera Negra escrito por Ta-Nehisi Coates. O arco Uma Nação Sob Nosso Pés, publicado pela Panini em três encadernados, traz o herói envolvido com o fardo de administrar uma nação dividida e o peso de decisões impopulares. (Marlo)

7J – Se os multibilionários Homem de Ferro e Batman brigassem e apostassem US$ 1 milhão pelo título de ricaço mais fodão do pedaço, esse dinheiro faria falta a Tony Stark?

SM – (Risos) Pro Tony e pro Bruce, um milhão é gorjeta pro carregador do hotel, irmão! (mais risos)

O sorriso sensato de quem não contestou a vitória do Batman.

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