BATMAN #85
Acabou a desembestada fase Tom King na mensal do Morcego. E, nessa última edição escrita pelo sujeito, teve mais dos defeitos do que dos acertos dessa longa jornada. Teve aquela coisa irritante de fazer os personagens revezarem reviravoltas durante uma luta. Parecia até a Porta dos Desesperados, dos tempos em que o Sérgio Mallandro estava no SBT. Teve os monólogos e diálogos ao melhor estilo ator canastrão de teatro, declamando ou fazendo jogral ou com o insuportável uso de narração circular. E teve o anticlímax mais imbecil possível na, hehehe, resolução para o CASA OU NÃO CASA do Morcego e da Gata. Foi pra chegarem a essa conclusão que os dois ficaram nesse lenga-lenga de casamento que vai mas não vai e acaba fondo? Uma pena. Em seus bons momentos, King conseguiu contar boas histórias do Batman. Seu grande problema foi querer aparecer mais do que os personagens, tentando se exibir como roteirista virtuose.
TONY STARK: IRON MAN #19
Várias tramas e subtramas resolvidas, criando o cenário ideal para o que vem a seguir na nova saga do Homem de Ferro. Ótima finalização desse volume, inclusive por surpreender no que parecia mais uma “morte” de Tony Stark para que um substituto assumisse a armadura. A ideia já havia sido apresentada e executada há algumas edições, deixando tudo muito bem encaminhado para o desfecho. O elenco de apoio foi muito bem trabalhado, exceto por James Rhodes, que acabou apenas dando voltas e superando seu medo de usar o traje Máquina de Combate de uma forma bem mequetrefe. Agora é ver se a dupla Slott e Gage continuam com o bom trabalho nessa fase Homem de Ferro 2020 e além.
JUSTICE LEAGUE #38
Embora amigos e parentes insistam que devo largar esse gibi, persevero. Só falta um pra acabar a patacoada do Scott Snyder. Resisti ao Dan Jurgens nos anos 90, ao Kurt Busiek escrevendo pelo dinheiro da feira nos anos 2000, ao reptiliano que tomou o nome do James Robinson antes do ‘Flashpoint’, ao Bryan Hitch aprendendo a escrever (preciso fazer um review sobre a parte boa da fase dele, deixa anotar aqui), então não é o Snyder que vai me fazer largar a Liga da Justiça. Review? QUE REVIEW, RAPÁ, É A MESMA TOADA DAS OUTRAS EDIÇÕES, exceto pelo starrozinho chamado Jarro dizendo que tá pelado e se esfregando na cara do Luthor marciano que aplica uma linguada violenta nele. Assim mesmo, sério. E você ainda quer review? AH VÁ.
AVENGERS #27 & #28
DESENCANTOU!! Jason Aaron conseguiu fazer duas edições boas, consecutivamente. Seja pelo ritmo bem cadenciado, pelas ideias pimpolhonas resultantes de jogar essa formação dos Vingadores no espaço ou mesmo pela forma correta com que escreveu cada integrante da equipe. Sim, ele não larga o osso daquela coisa insossa de Vingadores pré-históricos, ô bagulhozinho sem graça, mas tá tolerável como uma subtrama encostada num canto. No mais, aguarde uma baciada de bonequinhos muito inspirados, graças a essa saga. Em especial o… Fantasma. QUE CONCEITO!
ANNIHILATION – SCOURGE: OMEGA
Ideias legais, um cenário muito promissor pra ação e drama cósmico, mas esse gibi foi um troço esquisito demais. Corrido, com soluções fáceis, uma sensação de desimportância e uma página final que parece final de telefilme de ação ruim, daqueles que mais parecem comédia involuntária. Uma pena, poderia ter sido um pequeno clássico.
RAI #1 & #2
A Valiant Comics segue surpreendendo, agora tem uma releitura de um personagem que, eu não vou mentir, nunca li, só conhecia de capas e anúncios. Sei lá o que ele era nos anos 1990, mas agora o tal Rai é um ser sintético, num mundo distópico, decidido a rodar o mundo caçando seu criador, ou melhor, seus 12 “filhos” artificiais, para impedir seu retorno. Um gibizaço, tanto pelo roteiro de Dan Abnett quanto pela arte de Juan José Ryp.
X-FORCE #4
Forge fazendo tecnologia com matéria-prima vegetal de Krakoa é algo bem sobre a linha fininha que separa o massavéio do nonsense. E sim, esse é o único ponto válido pra se discutir nesse gibizinho chato. Chato e saturadamente gore. Agora resolveram partir ao meio um personagem que obviamente não fica no caixão. Nem a arte ajuda. Que troço errado.
NEW MUTANTS #4
Brisson empolgou e conseguiu fazer uma bela edição, usando a trama fechada e a situação global dos mutantes com um equilíbrio admirável. O melhor mesmo foi a forma como ele conseguiu fazer cada personagem soar convincente, dos vilões aos heróis, sem deixar de lado os coadjuvantes. Por incrível que pareça, o camarada conseguiu fazer uma edição bem melhor que as duas primeiras em que Jonathan Hickman tentou jogar mais com o humor, usando a equipe original dos Novos Mutantes. Se mantiverem esse rodízio de “novos” mutantes, dando espaço para as outras equipes adolescentes, capaz de render boas histórias.
MARAUDERS #4
Kate Pryde cada vez mais casca-grossa, intrigas dentro de intrigas que estão dentro de outras ainda maiores, ação honesta e um clima bem X-Men, se é que você me entende. Só melhora e, com a reaparição de um certo grupinho de inimigos dos mutantes, tem tudo pra manter esse como O gibi da primeira onda do Dawn of X. E o nariz da coitada da Kate provavelmente vai ficar nessa de levar lapada por um bom tempo, vai vendo.