Aconteceu de novo, pulamos uma semana… Mas, como as editoras brasileiras adoram falar, “estamos trabalhando para evitar que erros ocorram”. E se funciona com elas, vocês vão perdoar a gente também. Sem mais delongas, o que tem de bom na semana da independência saindo lá fora, sem caminhoneiro atrapalhando?
AMAZING SPIDER-MAN #73
Eu não vou me alongar aqui porque falaremos disso com propriedade num Pilha do Aranha em breve, mas é preciso mencionar: o Nick Spencer tá mexendo em coisa fedorenta, se chafurdando e gostando. Nossa senhora, depois de revirar coisas legais e outras nem tanto do passado do personagem, agora ele resolveu ir lá no subsolo e resgatar a pior das piores. Em breve ele deixa o título e não deixa saudades.
GREEN LANTERN #6 e GREEN LANTERN 2021 ANNUAL #1
Já falei, vou repetir: gibi gostoso, da cozinha de casa, daqueles que você lê comendo seu biscoito e tomando sua vitamina de banana com Neston que vovó fez. Se junta esse, Suicide Squad e Teen Titans Academy e faz um mix de DC 2000, era garantia do moleque todo mês ir na banca comprar.
Na mensal, Geoffrey Thorne segue o plot da explosão da bateria central e o surto da Teen Lantern em Korugar. No anual, Jessica Cruz, uma excelente criação recente da DC, se torna uma Lanterna Amarela num conto muito bem conduzido pelo Ryan Cady (não conhecia, mas já vou atrás de mais coisas dele). Esse anual é daqueles que você não dá nada e se agradece por ter dado uma chance e lido.
DEFENDERS #2
O Al Ewing não tem limites e, além de cancelar o Joe Bennett, botou mais uma edição bem viajada de Defensores na conta. Ainda no sexto universo (aquele antes do Big Bang que criou o Universo Marvel), em Taa, Dr. Estranho e cia encontram o Galactus ainda bebê, e o Surfista Prateado nina ele (sério), mas a alopração com o Galactus daquela realidade ainda assim rouba a cena. E quem entra no grupo é a MÃE DO GALACTUS (sério mesmo, leiam!). Javier Rodríguez segue inspiradíssimo na arte.
INFINITE FRONTIER #6
Passei esses anos todos xingando o Joshua Williamson pelo Flash que ele escrevia com aquele sabor de chuchu, de água de salsicha – mas coitado, realmente não tem como fazer do Barry Allen um personagem interessante – e agora tô realmente surpreso em como ele conduziu bem e fechou de forma legal essa saga, apesar das poucas edições que teve pra contar a história. Essa série, sim, merecia 12 edições quinzenais pra contar melhor tudo e fechar bem, dona DC, e não aqueles trololós sem fim do Tonho Rei.
Enfim, o Pirata Psíquico recruta uma galera puta com a Terra-0 (a realidade padrão da DC) que sempre bagunça e reseta o multiverso fazendo diversas Terras deixarem de existir, a mando de Darkseid renascido, e joga essa galera contra a Justiça Encarnada (a Liga multidimensional) e aqui vemos o resultado dessa xenofobia multiversal com o Bolsoseid começando a movimentar seu plano maior. Eu ficaria mais empolgado se não soubesse que a DC vai desconsiderar completamente tudo isso daqui a seis meses em prol de uma Crise qualquer pra “arrumar a casa”.
SHANG-CHI #4
Taí que o Gene Luen Yang fez mesmo uma limonada dos limões chineses que a Marvel deixou na mão dele com esse plot de irmãos do Shang-Chi (sem spoilers, até porque não vi o filme ainda). Agora líder da organização criminosa do seu pai e tentando legalizar a firrrrma da família, Shang acaba se batendo com um novo herói a cada edição e se queimando cada vez mais com a comunidade heroica. Dike Ruan segue cinético na arte.
SUICIDE SQUAD #7 e SUICIDE SQUAD 2021 ANNUAL #1
Outro título “da cozinha”, pra ler tomando vitamina com Neston, etc e etc. Depois de fechar bem o primeiro arco, o Robbie Thompson segue com a Amanda Waller aprontando todas no multiverso (lembra que falei que esse era um dos títulos mais conectados da DC?) e manda o Esquadrão Suicida pro inferno (sim, o inferno) atrás da Pedra da Eternidade do Mago Shazam (quem tá lá no inferno atrás da mesma Pedra é o Billy Batson, na mini Shazam!, saída das páginas de Teen Titans Academy). E adivinha o que tem de monte no inferno? Ex-membros do Esquadrão que morreram e são putos com a Waller… A arte do brasileiro Eduardo Pansica segue excelente.
No anual, o Thompson explica o angu do Superboy de camisa preta e jeans (claramente saído da fase do Geoff Johns nos Titãs) depois que vimos o Superboy de jaquetinha voltar em Young Justice. Solução básica mas muito bem sacada que não merece o spoiler, leia.
Um comentário sobre “Enquanto Isso, Lá Fora… #05”