Acabei de Ler #14

LEGION OF THE SUPER HEROES #3

Sabe o que acontece quando um roteirista deixa de vaidades e vícios pra narrar uma trama e permitir que os personagens tenham voz própria? Ele conta uma história. Assim, bem simples mesmo. Não escreve uma obra-prima nem revoluciona nada, apenas se torna parte da mágica assombrosa na qual escritor, artista, arte-finalista, colorista e letrista se unem aos personagens para contar uma história. Aos fãs da Legião dos Super-Heróis, uma palavra de esperança: essa terceira edição tem a Legião verdadeira, por mais que seja uma nova encarnação. Pra quem só conhece o grupo de fama ou má-fama, uma recomendação: leia, não tem complicação nenhuma. E pra quem torce o nariz pras vaidades e vícios do atual roteirista, pode ficar tranquilo. Essa edição é tão, mas tão destituída desses males dele que, veja só, nem citamos o nome do sujeito nesse review.

IRON MAN 2020 #1

Começou a nova saga do Homem de Ferro. Não tem exatamente muita coisa nova, vamos falar a verdade. Já vimos muitas dessas tramas e subtramas e conceitos e ideias. Mas foi tudo tão bem apresentado que, bem, vá lá, tá valendo. De realmente instigante, a prisão domiciliar de Howard e Maria Stark 2.0, que pode gerar sequencia interessantes e, claro, o novo visual e status do Tony Stark supostamente falsiê. Começo eficiente. Torcer pra se manter pelo menos assim.

BATMAN’S GRAVE #4

Batman, o detetive, precisa desvendar um mistério. Batman, o vigilante sombrio, precisa de uma desforra urgente após ter levado uma surra vergonhosa. E ele encontra as duas coisas no mesmo local, com o mesmo grupo de pessoas. PENSE NUM QUEBRA-PAU QUE DÓI NOS OSSOS SÓ DE LER. É esse gibi. Não tem sutilezas, nem volteios, nem nuances ou camadas. É brutal e direto, leitura rápida mas não rasa, o Morcego espancando bandido sem pena nem preocupação com a lei. E depois chamando o SAMU pra raspar a sujeira do chão. Warren Ellis tá mesmo determinado a mostrar o Batman como parte do problema, hein?

AVENGERS #29

Quando você imagina que Jason Aaron esgotou as possibilidades de brincar com possibilidades, ele surpreende com mais uma: CONHEÇA O BLADE-COISA COM EXOTRAJE VERDE AUTO-SUSTENTÁVEL MÍSTICO EXTRADIMENSIONAL. A pancadaria continua honesta e no final surge a nova Estigma, embora ninguém saiba ainda o nome da mulher. Ou em quantos meses de gestação ela já está. Sentiu o drama?

AQUAMAN #56

História tapa-buraco, porém boazinha, que também serve de interlúdio e prólogo, mostrando Arthur Curry e Mera no passado recente enfrentando aqueles bichos dos dentões criados por Geoff Johns, enquanto discutem a ideia de ter filhos. Na página final, os dois reunidos no presente, aguardando o nascimento de seu primeiro bebê. É bom ressaltar que, embora pareça que estão colocando o Aquaman na moda dos super herois papais, a exemplo de Superman e seu buguelo Jonathan, além de Batman e Damien, o rei dos sete mares foi pioneiro nisso, há uns 50 anos. Ele e Mera tiveram um filho, na cronologia pré Crise, chamado Arthur Jr, apelidado de Aquababy. E que teve um destino trágico, ao ser morto pelo Arraia Negra. Nos anos 1990, Peter David criou outro filho, Koryak e trouxe uma versão mais velha e perversa de Arthur Jr para as histórias. Portanto, nada mais justo que agora, em tempos de super papais, o Aquaman tenha de volta seu Aquababy para mais uma chance de ser feliz em família com Mera. Vamos ver o que a DC reserva para os três.

BLOODSHOT #5

Tim Seeley e Brett Booth continuam mandando muito bem, em um gibi que deveria servir de referencial para qualquer outro que venha a mexer com ação, intriga internacional e alta tecnologia. Mas, acima de tudo, fica o assombro em ver o Booth desenhando bem. Muito bem, pra ser sincero. Como é que pode uma coisa dessas, minha gente?


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