Jujutsu Kaisen #1

4.3

NOTA DO AUTOR

Menos hypado do que outros lançamentos recentes da Planet Manga, Jujutsu Kaisen acabou de chegar as bancas com uma capa que lembra um pouco outra série bem afamada por aqui: Parasite. No entanto, a comparação morre por aí. Em Jujutsu Kaisen temos maldições (monstros) assolando nosso mundo, mas nem todos podem vê-las. Somente alguns poucos que dominam a magia e conseguem exorcizar tais maldições. Como todo bom shonen, vamos aos clichês: começa logo numa escola, onde um pequeno clube de ocultismo se reúne e tem, entre seus membros, o jovem Yuuji Itadori. Forte e bom nos esportes, Itadori se inscreve justamente nesse clube porque era o que terminava mais cedo suas reuniões e ele quer logo ir para casa.

Nisso, eles encontram um objeto amaldiçoado: um dedo meio podre. Rompendo o selo (na verdade, ele está enrolado num papel e amarrado com um barbante), liberam algumas maldições. Sem saber como enfrentar aqueles monstros e batendo o desespero, Itadori faz aquilo que qualquer um de nós faria: ele come o dedo! Isso mesmo! Manda para dentro um pedaço de dedo apodrecido. Se essa premissa e esse protagonista não chamarem sua atenção, acredito que nada mais o fará. Lá pelas tantas, descobrimos que o tal dedo era parte de uma maldição antiga e fortíssima, que possui quatro braços (logo, 20 dedos) e agora eles precisam achar os outros pedaços e você já deve ter uma noção do que é necessário daqui para frente. Ah, vale dizer que a maldição segue viva e volta e meia entra em conflito com Itadori, tentando controlá-lo.

Logo mais surgem uma escola para o protagonista se desenvolver e os coadjuvantes que estarão ao seu lado nessa aventura. Tem o aluno veterano, a novata esperta e com alguma experiência, o professor nada ortodoxo, o reitor poderoso e por aí vai. Todos os clichês shonen seguem, como é de praxe. Por exemplo, além de ter mais força do que aparenta, Itadori tem seus próprios problemas familiares e sua personalidade explosiva. Porém, as batalhas realmente são dinâmicas e muito empolgantes e o autor, Gege Akutami, procura caprichar na criação das maldições, com monstros assustadores e poderosos.

De novo: não há muitas novidades. Mas é tudo muito bem feitinho e divertido. A parte mágica não se resume a porções, varinhas e feitiços com nomes estrambólicos. Tem espaço para porradaria também. A dinâmica do grupo protagonista é muito interessante e mesmo os coadjuvantes acrescentam algo à história, mantendo vivo seu interesse. Não encontrei imagens do mangá nacional no Google (apenas do anime) e fiquei com preguiça de escanear a minha edição. Mesmo assim, confie: os desenhos de Gege Akutami são muito bons e sua narrativa compreensível. De resto você já sabe: publicação bimestral, naquele formato e com aquele papel, naquele preço, naquela periodicidade. Além disso, é mais um mangá lançado pela Panini cuja publicação ainda está em andamento no Japão – ao contrário de Demon Slayer, outro lançamento recente da editoira. Então, colecione por sua conta e risco (e o risco aqui é imenso).

 

  

Roteiro: Gege Akutami

Arte: Gege Akutami

Editor: 

Capa: Gege Akutami

Publicação original: Weekly Shonen Jump (2018)

No Brasil: agosto de 2020

Nota dos editores:  4.3


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