Wander – Herói Porque Sim!

4.0

NOTA DO AUTOR

É sempre legal quando você pega um bom gibi pra ler. Melhor ainda quando esse gibi é nacional! É o caso de Wander – Herói Porque Sim, de Luciano Félix e Téo Pinheiro, lançado de forma independente em 2014.

Já havia me interessado pela história, mas não tinha tido ainda a oportunidade de comprar o álbum, pois quando fui apoiar sua continuação, Wander – Puberdade Ainda que Tardia Parte 1 (de 3), a recompensa com o álbum de estreia já havia esgotado. Por sorte, o arte-finalista da obra, Téo Pinheiro, é alagoano e disponibilizou alguns exemplares para venda na comic shop daqui de Maceió.

Não tive dúvidas e peguei as duas edições. A primeira, que é objeto desse review, é um álbum de origem, com mais de 100 páginas e conta a história do Batmorcego e seu alter ego, Wander. Ele é um garoto comum, com uma infância regada por muito gibi e filme, que tem o desejo de se tornar um super-herói, pra isso, ele treina muito artes marciais e le parkour. Só precisa de um acontecimento trágico pra dar o ponta pé inicial na sua vida heróica.A história se passa em Ficcítia, e o crime na cidade vem aumentando muito. O chefe de polícia, que é primo do prefeito da cidade, não está dando conta da onda de crimes e num momento de desespero aceita a ajuda do novo combatente do crime, o Batmorcego! Nisso a história é fragmentada e conta toda a origem do herói e seu treinamento. Extremamente atrapalhado, lembra em alguns momentos o Groo, onde tudo acaba dando certo pra ele, mesmo que para os que estão à sua volta as coisas não acabem tão bem.

Aliás, a comparação com o Groo não é a toa. Félix já colaborou pra MAD e sua arte se encaixa perfeitamente na proposta da revista. Tem também um quê de Asterix, com todas as suas gags e com o trabalho de Sergio Aragonés (criador do Groo), com coisas acontecendo em todas as partes do quadrinho. Se você não prestar atenção em todos os cantinhos, certamente perderá alguma coisa.

O jeito atrapalhado de Wander é cativante e todas as referências colocadas no gibi fazem dele um álbum imperdível para quem gosta de uma boa história, que mistura humor e ação. Destaque para ele contando sua “origem secreta” para a intrépida repórter que precisa desesperadamente de um furo para tentar crescer na profissão. A parte final, que conta seu treinamento na cidade perdida de Toqin é outro momento a ser destacado!
O álbum gerou uma série em três partes: Wander – Puberdade Ainda Que Tardia. As duas primeiras partes já foram lançadas e estamos aguardando o lançamento da parte final.

 

  

Roteiro: Luciano Félix

Arte: Luciano Félix e Téo Pinheiro

Editor: Luciano Félix

Capa: Luciano Félix

Publicação original: 

No Brasil: dezembro de 2014

Nota dos editores:  4.0


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