MONDO URBANO 10 ANOS
De Mateus Santolouco, Eduardo Medeiros e Rafael Albuquerque. Edição comemorativa de 10 anos da publicação da série que tornou conhecidos Rafael Albuquerque, Eduardo Medeiros e Mateus Santolouco. A série conta a história de uma guitarra amaldiçoada. Quem toca ela consegue fama e fortuna, mas faz um pacto com o demônio. As histórias passam pela banda De Mo, cujo frontman Van Hudson é o atual dono da guitarra. Um grupo de amigos quer ir no show, e mostra um pouco da personalidade de cada um, e como as vidas deles estão longe de serem perfeitas. O traço do trio é único, e encaixa perfeitamente com cada momento da história. O que tem o traço mais cartunesco, o Eduardo Medeiros, soube usar o traço completamente diferente dos outros dois pra contar da sua maneira a história. E encaixou muito bem. A edição da Mino está linda e vale a pena ter na coleção. Pena que até agora não saíram as continuações no universo de Mondo Urbano.
ATÔMICA: A CIDADE MAIS FRIA
De Antony Johnston e Sam Hart. A graphic novel que deu origem ao filme com a Charlize Theron. Uma agente especial britânica vai até Berlim pra recuperar um corpo de um agente morto. E também recuperar uma lista de agentes que trabalham em Berlim, tanto oriental quanto ocidental. Só que tudo é um jogo de espiões e não é tão simples assim. A maneira que a narrativa conta é bem clichê. A agente britânica contando da missão e os eventos sendo mostrados como flashbacks. Mas funciona muito bem no contexto da história. Os desenhos do Sam Hart funcionam muito bem nessa história é tem uma excelente narrativa.
ALMANAQUE GUARÁ #02
Continuando as histórias do primeiro volume. Em “Santo”, o Salvador e o Zé vão enfrentar um pastor que tem poderes de dominação mental e ainda está com a lança de São Jorge. E isso acaba trazendo lembranças antigas que o deixam bem mal. “Echos” segue naquela história padrão de futuro pós-apocalíptico. Acho a história mais fraca até aqui. “Cidadão Incomum” eu achei uma história padrão. Divertida, mas não parece ter andado a história. Já a última história, a independente, continua sendo uma das melhores do almanaque. Num geral, esse segundo volume é mais fraco que o primeiro. Mas ainda assim continuo interessado nessa coleção.
ALMANAQUE GUARÁ #03
Continuando a série de quadrinhos nacional da Editora Universo Guará. Em “Santo”, Salvador e Zé são chamados pra investigar um caso de algumas crianças que ficaram catatônicas, e o Salvador acaba encontrando um Mapinguari, uma figura do folclore brasileiro, entre outras coisas. Mas nem tudo é o que parece. Em “Ecos”, os protagonistas chegam num palácio no meio da floresta e também são surpreendidos. Em “Cidadão Incomum” continuam as investigações da polícia pra descobrir o paradeiro do Zica e também quem é essa figura que anda salvando as pessoas. Na história independente, vemos um pai de família que tenta através de bicos sustentar sua esposa e filha, mas que é passado pra trás pelo empregador. E ele decide que deve fazer algo quanto a isso. As histórias desse terceiro volume melhoraram bastante em relação ao primeiro. Aparentemente “Santo”, a melhor das histórias contínuas dessa série, vai ser interrompida. Uma pena. “Ecos” continua bem fraco e “Cidadão Incomum” não fede nem cheira. A história independente é outro grande achado da edição.
CAPITÃO FEIO: TORMENTA
De Magno Costa e Marcelo Costa. Mais um volume da série Graphic MSP. Dessa vez é o segundo volume retratando o vilão da turminha. E como o primeiro volume, esse também é bem fraquinho. É uma pega de super-herói. Isso em si não é uma coisa ruim, mas a história é fraca. Ela é uma continuação direta do primeiro volume. Vários elementos foram plantados lá. E agora são colhidos aqui. Uma nova ameaça surge e estão incriminando o Capitão Feio. Enquanto isso, uma força-tarefa da polícia comandada pelo Doutor Olímpio tenta capturar o Capitão Feio. Os desenhos do Marcelo Costa são muito bonitos e poderiam estar em qualquer grande editora dos Estados Unidos. A arte é a única coisa que se salva aqui.
10 DIAS PERDIDOS CAPÍTULO 6
De Sam Hart. Continuando a aventura de Sophya Brahe com seu grupo de entidades mitológicas pra salvar a humanidade das mãos da Circe. Depois de capturar seu pequeno grupo, a Circe revela seus planos pra Sophya, e surpreendentemente quer que ela faça parte desses planos. E essa talvez seja a única maneira de se salvar e salvar seus amigos e família. Os desenhos do Sam Hart são o ponto alto da história. Como são capítulos pequenos, quando empolgamos com a história ela já acabou. Talvez lendo tudo de uma vez fique mais divertido. Isso não tira os méritos da história, mas quando acabar a publicação irei reler todas de uma vez.