Antes de mais nada, cuidado! Spoilers à frente!
Black Hammer já está saindo no Brasil, mas se você é um cara antenado você também vai ser o cara que está em dia com Black Hammer. Se você ainda não conhece esse título da Black Horse, escrito por Jeff Lemire, autor mais proeminente do momento (e não se importa com spoilers) veja essa e essa matéria. Já fizemos até um Pilha Ominiverso sobre o tema, vá ouvir também e depois volte aqui.
Pronto? Já leu as primeiras 13 edições? Ok, vamos lá comentar a continuidade dessa série.
Jeff Lemire criou com Black Hammer uma versão mais palatável de Astro City, homenageando os arquétipos primordiais dos supergrupos de quadrinhos, principalmente a Liga da Justiça e o Quarteto Fantástico. Só aí já são ótimas referências, não?
Mas eu citei Astro City para demonstrar ONDE o Lemire dá o segundo passo, vai mais além. Black Hammer não fica só na referência, só na homenagem. A história se desenvolve. É exatamente isso que nós começamos a ver em Age of Doom.
Logo no início, há uma nova Black Hammer nos céus da fazenda Black Hammer. É a filha do herói original, que se sacrificou no último combate contra o Anti-Deus. A heroína dá uma luz de esperança ao dizer que sabe como sair dessa prisão para logo em seguida… DESAPARECER?!?
Isso reanima os heróis remanescentes: há uma saída. Resta saber qual é.
Enquanto isso, a nova Black Hammer se encontra em outro tipo de prisão, uma espécie de limbo infernal, recheado de monstros, demônios, celebridades zumbis e deuses emo. Será que a filha do Black Hammer fugiu da frigideira para cair no fogo…do Inferno???
Um bom começo, uma nova guinada na trama. O importante é que a história de Black Hammer continua interessantíssima.
Roteiro: Jeff Lemire
Arte: Dean Ormstron
Editor: Daniel Chabon
Capa: Dean Ormstron
Publicação original: Black Hammer: Age of Doom #01 (abril de 2018)
No Brasil: inédito no Brasil
Nota dos editores: 4.5