Alex Green

3.0

NOTA DO AUTOR

Alex Green é um garoto com dom para a magia que, ao se matricular em uma escola para desenvolver seus dons, descobre que tem dislexia, o que afeta seu aprendizado e culmina eu sua rejeição como aluno em diversas escolas.

O gibi aborda de forma singela esse problema que acomete crianças e adultos. Por isso o autor opta por uma história sem balões ou textos conduzida apenas pelos desenhos e narrativa de Anderson Almeida, ou Mr. Guache, como é conhecido.

Na história, o dom da magia é representado imageticamente. Enquanto Alex apresenta uma chama por cima da cabeça, os seus colegas possuem uma vela, o que representa um talento dentro de regras pré-estabelecidas. Enquanto Alex tem um talento mais cru, já que por causa da sua dislexia ele não consegue aprender magia pelos meios tradicionais, o que acaba excluindo ele das escolas e também por seus colegas.

O tema, extremamente pertinente, é abordado com muita sensibilidade pelo autor. Em momento nenhum ele deixa transparecer que o protagonista é mais fraco que seus colegas, muito pelo contrário: mostra que ele não desiste em momento algum, independente das dificuldades que se apresentam à sua frente. Para isso, ele conta com o apoio incondicional de seus pais e da sua mestre, que sempre acreditaram nele.

O traço limpo e claro do Mr. Guache é o ponto forte da edição. Ele sabe conduzir muito bem o enredo sem utilizar o texto. Você consegue entender perfeitamente o que está acontecendo apenas batendo o olho na página. Ele disse que que preferiu fazer essa história sem textos para que crianças que sofrem do mesmo problema do protagonista da história pudessem acompanhá-la sem problemas. O estilo de desenho, que lembra muito o de animações infantis não é coincidência: ele faz parte de um projeto de animação desenvolvido pela produtora Moonshot Pictures.

Você pode adquirir o gibi diretamente através do site ou na Ugra, em São Paulo.

 

  

Roteiro: Anderson Almeida

Arte: Anderson Almeida

Editor: Anderson Almeida

Capa: Anderson Almeida

Publicação original: dezembro de 2017

No Brasil: 

Nota dos editores:  3.0


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